The Last of Us Part 3 - Vol. 16 - Reféns
- Kevin de Almeida
- 16 de dez. de 2021
- 10 min de leitura

THE LAST OF US
PARTE III
FANFIC
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Autor: Kevin de Almeida Barbosa — Instagram: @escritorkevindealmeida
Capa: Rafael Cardoso — Instagram: @r.c.dossantos
Revisão: Beatriz Castro — Instagram: @beatrizcastrobooks
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Vol. 16
Reféns
Alguns minutos após partirem do ginásio, Lev e Abby chegavam ao estábulo. O lugar[BC1] não tinha muita movimentação, praticamente uma cidade fantasma. Os poucos soldados que avistaram estavam todos indo para o leste. Lev conseguiu escutar algo sobre uma comemoração, mas foi o máximo de informação que conseguiram furtivamente. Enfim chegaram ao seu destino, um estábulo relativamente grande com dois capangas na entrada.
— Vamos dar a volta e entrar pelas janelas. — Lev se adiantou.
— Boa. A gente não pode começar uma batalha aqui fora. Se alertarmos os Cascavéis, já era.
Ambos deram a volta e acharam uma janela acessível. Lev pegou impulso em um caixote e pulou leve como um grilo. Abby teve que apelar para as forças dos braços para içar seu corpo pesado. O interior era todo de madeira, as paredes, as vigas, o teto. O cheiro de esterco misturado ao clima úmido não era muito agradável. Não tinha vista para a porta de onde estavam, então, se mantivessem o silêncio, manteriam seus pescoços no lugar.
As cabines estavam preenchidas com cavalos. Nenhum sinal de refém.
— Droga! Aquele moleque mentiu pra gente. — Abby se arrependia de não ter pressionado mais o garoto.
— Ele não tinha cara de quem estava mentindo. Eles estão aqui em algum lugar. — Lev escalou uma das vigas de madeira para ter melhor visualização do lugar.
— Desce daí! Eles vão te ver! — Abby tentou puxar Lev, mas o garoto já estava em uma das hastes que segurava o teto.
— Relaxa, assim como os Lobos não olhavam pra cima, as Cascavéis também não olham — disse triunfante. Observou ao redor até que seu rosto enrijeceu com olhar deprimente.
— O que foi?! Achou eles?!
— Sim... — Consentiu baixinho e desceu da viga.
Ele a guiou, passando por vários estábulos com cavalos e, estranhamente, estavam todos bem limpos. Até que chegaram na parte dos fundos. Um espaço sem janelas e abafado, com feno sujo e todo esterco das outras cabines acumulado em um canto. O cheiro era forte e lhes causava náuseas. Lá, estavam espalhadas as poucas pessoas que restaram de Jackson. Magras, maltrapilhas, sujas e fedidas, jogadas pelo chão e feno. Algumas murmurando, outras chorando baixinho, outras em um silêncio absoluto com olhar vazio.
——— Pág 1 ———
— Que horror... — sussurrou Lev para si mesmo.
Abby não se chocou, se lembrou de alguns lugares onde ela torturava Serafitas. Mas ainda assim sentiu um forte desconforto em ver o estado lamentável em que se encontravam. Ela se aproximou com cuidado.
— Shiiiiii... — Fez baixinho com o dedo na boca, indicando que mantivessem o silêncio. — A gente veio tirar vocês daqui.
Uma das pessoas próxima da grade se aproximou.
— Jura?! Vai mesmo tirar a gente daqui.
— Fica tranquilo e continua em silêncio porque os Cascavéis ainda estão lá fora. — o alertou Lev, vigiando a passagem caso aparecesse algum inimigo.
— Maria! Vem cá, rápido! — disse o prisioneiro para uma mulher largada no feno. Ela estava bem machucada, as roupas rasgadas com ferimentos expostos. Seu rosto estava abatido, com um corte no lábio e no supercílio. Ela se dirigiu com esforço para a grade. — Ela disse que vai nos libertar. — O rapaz continuou esperançoso.
— Quem é você? Por que tá ajudando a gente? — Seu olhar desconfiado.
— Eu tô com a Ellie. — Seu orgulho se feriu ao se ouvir dizendo isso, mas era a única forma de ganhar um pouco da confiança deles. — Também já fui prisioneira dos malditos Cascavéis — respondeu, forçando a trinca, tentando quebrá-la sem fazer muito barulho.
Um homem ao fundo se levantou e se dirigiu mancando até eles.
— Não adianta. A gente precisa da chave, Lev. Vamos ter que voltar e apagar aquel...
Antes que pudesse terminar, sentiu duas mãos agarrando seu pescoço e puxando-lhe contra a grade. Sentia os dedos a sufocando tão forte quanto a vez que Ellie a sufocou na praia. O sangue subiu à cabeça, parecendo que iria explodir. Começou a tossir e se debater para se soltar.
——— Pág 2 ———
— EU VOU TE MATAR, SUA DESGRAÇADA FILHA DA PUTA! COMO VOCÊ TEM CORAGEM!? — Tommy gritava por trás das grades enquanto esganava ela com todo ódio acumulado em seu coração. Seus olhos esbugalhados enfurecidos e suas veias saltadas na testa pela extrema força que exercia.
— Para com isso, Tommy! Larga ela! — Maria tentava puxá-lo junto do outro rapaz que apoiou um dos pés na grade para forçar contra Tommy. Lev, do outro lado, puxava Abby que forçava os dedos de Tommy.
— ME SOLTA! ELLIE MENTIU! É ELA! FOI EL... — Tommy foi calado por um soco no estomago dado por Maria e logo o outro rapaz tapou sua boca o segurando. Abby tossia forte, tentando recuperar o ar. Seu rosto estava vermelho e seus olhos lacrimejando.
Em seguida, escutaram passos apressados vindo em direção a eles. Lev pulou em uma das vigas e subiu para as hastes dos telhados em um piscar de olhos. Abby, ainda atordoada, se jogou dentro de um estábulo onde se encontrava um cavalo negro.
— Que merda foi essa?! — Um homem alto, careca e barbado chegou apontando seu rifle para os reféns. Seu colega, bem menor com calças vinhos bem largas e enormes botas marrons, estava ao seu lado apontando sua submetralhadora aos arredores, procurando invasores.
— HUNFHUM NHUM! ARRI! RO VAHARRO! — Tommy se debatia e falhava em dedurar Abby por conta do rapaz que lhe tampava a boca.
— O que ele tá falando? — O outro menor apontou para Tommy com sua arma.
— Nada! Ele não come há dias! Está delirando e atacando a gente. — Maria tentou contornar a situação.
— HAOUM! AHII! A NHAROKA! — Tommy continuava insistentemente.
— Você! Larga ele! Deixa ele falar — ordenou o careca.
— Tá perdendo seu tempo! A gente já tentou de tudo, mas ele não muda. Já não é mais um de nós. — Maria se virou para Tommy e o encarou com ódio e decepção.
Tommy sentiu que aquilo foi para ele. Seu corpo explodia em fúria, mas aquela frase o congelou por dentro. A dor da perda havia o transformado e, lá no fundo, ele sabia disso. Não tinha mais o amor de Maria para confortá-lo, então sentia que a vingança era a única forma de preencher este vazio. Mas, ainda assim, “não é mais um de nós...” Aquilo negava tudo pelo que ele batalhou, tudo pelo que acreditava. Aquilo o abalara tanto que não percebeu que já havia sido solto até que a voz do capanga, abafada por sua mente, começava a aumentar de volume.
——— Pág 3 ———
— Vamos! O que você queria dizer? — o pressionava o grande homem.
Tommy olhou para Maria, ela ainda estava o encarando como se fosse matá-lo. Ele conhecia muito bem aquele olhar, mas nunca o vira com tanta intensidade.
— Na... Nada... — respondeu contrariando tudo que sentia. Aquilo para ele, foi como se estivesse traindo seu irmão Joel. Proteger a garota que o torturou com um taco de golfe. Aquilo era demais para ele, tanto que não conseguiu disfarçar o olhar odioso em direção ao estábulo que Abby se encontrava.
O inimigo percebeu seu olhar incessante. Virou-se curioso, ergueu seu rifle e andou em direção ao estábulo. Maria notou que a chance de libertar o que sobrou de seu povo estava prestes a ser baleada.
— EI! QUANDO VAMOS COMER? ESTAMOS COM FOME! TO FALANDO COM VOCÊ! — Esticou o braço e puxou a manga do baixinho com submetralhadora. Enfurecido com a audácia de sua refém, deu-lhe um soco na boca.
— EI!!! — Tommy partiu enfurecido contra a grade, tentando pegar o capanga. O outro, que estava se inclinando sobre a porta de madeira, prestes a ver Abby, se virou por conta da confusão atrás dele.
De cima, Lev caiu da viga de madeira cravando uma flecha de metal no crânio do careca que iria achar Abby, matando-o na hora. O outro inimigo, surpreso, se virou para balear Lev, mas sentiu a manga de seu braço ser puxada novamente por Maria, que o encarava com nariz sangrando. Lev aproveitou e se jogou contra as pernas do inimigo. Ambos caíram no chão. Lev se contorceu e encaixou uma chave de perna, quebrando o joelho do rapaz. Ele gritou raivoso e socou o rosto de Lev, jogando-o em cima do corpo do seu companheiro. Ele virou de bruços e se arrastou, tentando alcançar sua arma que caíra. Abby pulara do estábulo e sacara seu revólver, mas antes que pudesse agir, viu Lev pegando a flecha do crânio do morto, pulando nas costas do inimigo e cravando inúmeras vezes a flecha em sua coluna até que ele parasse de se contorcer e morresse finalmente.
— Caralho, Lev... — O observava atônita.
——— Pág 4 ———
— Eu disse... — Ofegante e com sangue do inimigo em seu rosto, Lev concluiu: — Eles não olham pra cima. — Mexeu nos bolsos do cadáver, pegou a chave do cadeado e entregou para Abby.
— Víbora pegou a Ellie, preciso saber pra onde ela a levou — perguntou Abby à Maria, mas não abriu o cadeado.
— ELA QUER MATAR A ELLIE! NÃO FALA PRA ELA! — Tommy grudou novamente na grade, trucidando Abby com seu olhar sanguinário.
— Eu vou salvar ela! — retrucou Abby.
— MENTIRA! — Tommy cuspiu no rosto dela. — VOCÊ MATOU JOEL! O JOEL E O JESSE! E AGORA VOLTOU PRA MATAR A ELLIE! — Os sobreviventes que sobraram olharam desconfiados para Abby quando ouviram sobre a morte de Joel e Jesse.
— É! Eu matei o Joel; e ele matou meu pai; e você e a Ellie mataram todos os meus amigos; e se continuarmos com essa bosta, estaremos todos mortos! — Abby virou se para Maria. — Ellie é imune e eu tô junto dos Vagalumes. Há um doutor que pode criar a cura da infecção a partir dela e ela sabe disso, mas Ellie só aceitaria vir comigo se antes viéssemos salvar vocês.
— Acho que sei onde Víbora a levou — começou Maria, mas Tommy a interrompeu.
— Você não pode acreditar nela — vociferou inconformado.
— Víbora disse que Ellie destruiu sua bas...
— O que você tá fazendo?! — Tommy puxou Maria pelo ombro.
— O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO, TOMMY?! — Maria se virou raivosa. — Nosso povo foi dizimado por esses bostas dos Cascavéis e quase que você estragou nossa melhor chance de libertar os poucos que sobraram. — Empurrou o peito dele. — Eu também amava o Joel, mas ele morreu, Tommy! E matar ela não vai trazer ele de volta. Agora, a não ser que você mesmo vá mancando salvar a Ellie, ela é a melhor chance que Ellie tem de sobreviver.
— Você não pode tá falando sério. — Tommy não conseguia processar as informações. Seu desejo de matar Abby gritava em sua mente.
——— Pág 5 ———
— Tô falando muito sério. E o Tommy pelo qual me apaixonei concordaria comigo, mas ele morreu naquela cabana junto ao Joel.
Aquilo novamente tocou fundo nele, que baixou a cabeça e pareceu se perder em seus pensamentos. Maria se virou para Abby e continuou:
— Víbora disse que Ellie destruiu a base dela. Do jeito sádico e performático que ela se mostrou, deve ter ido pra a casa da Ellie. Só consigo pensar nesse lugar.
Abby abriu o cadeado da cela.
— Onde fica?
— Três quarteirões a oeste. Uma cabana marrom atrás de um sobrado.
— Beleza. Víbora vai estar lá, não é seguro vocês virem com a gente — disse Abby, olhando o estado abatido em que estavam.
— Não vamos. Tenho um quarto do pânico a poucos quarteirões daqui. Com sorte, ele estará intacto e com armamento pra nos protegermos enquanto pensamos em algo. — Maria se aproximou de Abby e deu-lhe uma joelhada repentina no estomago. Lev puxou seu arco e apontou para Maria, mas ela retrucou um olhar frio para o garoto, um olhar diferente do que estava acostumado e ele congelou. Abby caiu ajoelhada. O ar deixara seus pulmões e quase regurgitou o que havia em seu estômago. Já levara joelhadas antes, mas aquela foi muito mais pesada e enfadonha. — Isso foi pelo Joel e pelo Jesse. Nós em Jackson não esquecemos, e também não vamos esquecer que você libertou o que sobrou de nós. Agora garanta que Ellie saia daqui viva. — Pegou o armamento dos carcereiros mortos e ajudou seu povo a sair da cela.
Tommy saiu e ficou encarando Abby com os punhos fechados com força e os olhos cerrados. Abby recobrou o ar e encarou Tommy por um instante.
— Vamos, Abby... — Lev a puxou pelo braço. Ela andou de costas até se afastar o suficiente de Tommy e partiram.
——— Continua ——— Tommy e Maria estão vivos! Em meio à crise, buscarão uma forma de fugir de Jackson e proteger o que sobrou dos sobreviventes. Já Abby e Lev partem ao resgate de Ellie que está nas presas de Víbora. O que acharam deste capítulo? Quais suas teorias para o próximo?
Não percam, o próximo volume será: "Ellie"
Se matasse eles também, ia te xingar
Sabia que o Tommy e Maria estavam vivos kkkk,
Eu vi só agora kkkk achei mt bom!
Muito bom, amei<3♡