The Last of Us Part 3 - Vol 12 - Joel
- Kevin de Almeida
- 18 de nov. de 2021
- 6 min de leitura

THE LAST OF US
PARTE III
FANFIC
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Está é uma obra de ficção. Os fatos aqui narrados são produtos da imaginação. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, locais, fatos e situações do cotidiano deve ser considerada mera coincidência
Agradeço a compreensão e respeito de todos e desejo uma excelente leitura.
Autor: Kevin de Almeida Barbosa — Instagram: @escritorkevindealmeida
Capa: Rafael Cardoso — Instagram: @r.c.dossantos
Revisão: Beatriz Castro — Instagram: @beatrizcastrobooks
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VOLUME 12 JOEL
— Achou? — perguntou Lev, vasculhando uma gaveta.
— Nada ainda.
— Essa pomada vai funcionar? A pele dela tá bem ruim.
— Vai, sim. Já usei uma vez — respondeu Ellie, olhando para sua queimadura química no braço.
— E por que você acha que vai ter essa pomada aqui?
— Por que estamos numa farmácia.
— O que é uma farmácia? — indagou, enquanto jogava pomadas variadas dentro de uma gaveta para lá e para cá sem ter muita noção de como identificar o que estava procurando.
— Jura? Sério mesmo?
— Não tinha “farmácia” na ilha que eu vivia.
— Tá... Vamos ver... É tipo um lugar com muitos medicamentos, onde as pessoas iam pra se curar — explicou Ellie, enquanto vasculhava um armário bege com porta de vidro quebrada.
— Tipo um curandeiro?
— Quê? Não! Nada de curandeiros. Nós chamamos de médicos.
— Ouvi falar que eram doutores.
— Mas um médico é um doutor.
— Então, por que tem dois nomes diferentes pra mesma coisa?
— Você não cansa de fazer essas perguntas não?
Lev deu de ombros e fechou insatisfeito a gaveta de pomadas remexidas.
— Achei! — Ellie pegou um pote marrom de tampa amarela. — Pomada para queimaduras. Agora podemos voltar.
——— Pág 1 ———
Ambos saíram da farmácia e voltaram em silêncio pela rua que começava a se iluminar pelo nascer do Sol. Eles pularam um muro para entrar em um condomínio de casas.
— Você acha que tem mais infectados aqui? — perguntou Lev, vigiando atento as casas.
— Acho que não, a gente limpou a área antes de sair. Mas, mesmo assim, é bom ficar esperto.
— Aliás, obrigado — disse Lev com voz baixa.
— Oi?
— Por ter ido atrás de um remédio pra Abby.
Ellie virou o rosto desconfortável.
— Não quero dever nada pra ela. Agora estamos quites.
— É bom ver que estão se dando bem.
— Não força a barra, garoto, eu nunca vou me dar bem com aquela desgraçada.
Ellie adiantou o passo para se afastar de Lev e matar o assunto. Para evitar áreas com mais infectados, eles contornaram o caminho por dentro de algumas casas destruídas que haviam passado mais cedo.
— Como é ser assim?
Ellie devolveu o olhar sem entender o garoto.
— Você sabe... ser imune.
Desconcertada com a pergunta, Ellie continuou caminhando enquanto pensava. Fora Dina, ninguém antes havia perguntado isso.
— É... É complicado.
— Você tem medo? Dos infectados?
— Quem não tem? Eu posso não me transformar num deles, mas ainda posso ser seu jantar.
Abaixaram a cabeça para passar por baixo de uma parede quebrada e entraram em uma sala de estar abandonada, com sofás e poltronas de feltro rasgadas e mofadas.
——— Pág 2 ———
— Você pode infectar alguém?
— Não.
— E deixar alguém imune como você?
— Também não.
— É pra isso que precisam dos doutores? Pra fazer as pessoas ficarem como você?
— Essa é a ideia.
— O que eles disseram é verdade?
— O quê?
— Você tem que morrer pra isso acontecer?
Um frio emergiu do interior de seus órgãos e congelou as pernas de Ellie. Ela já quis morrer pela cura uma vez, mas isso foi há tanto tempo que não esperava ter que pensar sobre isso de novo. Toda essa história de cura, vagalumes, Abby, Joel... Um mar de sentimentos que sugava Ellie em um redemoinho de angústias e arrependimentos.
— O que você tá querendo, garoto? — Virou-se zangada.
— A Profetiza dizia que, um dia, um milagre viria e livraria nosso mundo dos demônios. Eu quero saber se você é o milagre que ela profetizou.
Desconcertada e um pouco sem graça, Ellie respondeu:
— Se tem uma coisa que eu não sou, garoto, é um milagre.
— Mas você seria?
Essa última pergunta fisgou o coração de Ellie.
— Um dia eu quis ser. — Olhou para o nada como se estivesse perdida em memórias.
— E por que não foi? Tem a ver com aquele homem? Joel?
Ellie enrijeceu o corpo. Lev estava entrando em um assunto muito delicado e doloroso. Ellie mal conseguia pensar sobre isso sem surtar, quem diria falar sobre com um garoto.
— Por que ele impediria a cura do mundo? A Profetiza tinha dito que haveria monstros pra impedir a salvação.
——— Pág 3 ———
O sangue borbulhou fervente no corpo de Ellie. Eles tinham acabado de chegar na casa abandonada onde Abby repousava em uma cama, virada para parede usando um casaco improvisado como coberta. Ellie e Lev estavam prestes a entrar no cômodo, mas Ellie sacou o revólver de Joel e apontou para Abby.
— Que isso?! — Lev arregalou os olhos e deu um salto.
— Eu vou matar Abby agora.
— Quê? Não! — Lev tentou se aproximar.
— Não se mexa ou eu atiro.
— Você não pode fazer isso.
— Posso, sim. É só eu apertar este gatilho pra pintar a parede com os miolos dela e, pra ser sincera, eu até que gostaria disso.
Lev estava paralisado, não sabia o que fazer.
— Só tem um jeito de você salvar sua amiga. Me matando agora.
O garoto a encarou estupefato. Ele olhava para Ellie, depois para Abby e não conseguia achar uma boa alternativa para resolver aquela situação.
— Acabou seu tempo. — Ellie deu um passo até Abby, mirando em sua cabeça.
— PARA! — gritou Lev, o arco com uma flecha apontada para Ellie.
— Você me mataria para salvar sua amiga? Mesmo sabendo que eu sou a cura da humanidade?
Lev afrouxou a corda do arco, o dilema dilacerava sua mente. Centenas de passagens dos escritos da Profetiza vinham à sua cabeça, dizendo para não matar Ellie, mas ao ver ela destravando sua arma e apontando para a cabeça de Abby, ele automaticamente puxou ainda mais a corda de seu arco, firmando sua decisão. Uma flechada daquela distância seria letal.
— Bom... você não é tão diferente do Joel afinal — disse, abaixando a arma.
O coração de Lev batia descontroladamente. Suor escorria como pedras de gelo por seu rosto enquanto seu corpo formigava e sua mente o castigava. Ele havia pecado, havia ido contra seus princípios, estava desrespeitando o que a Profetiza havia profetizado. Ele quase impediu o milagre.
— Sabe, garoto, o Joel fez sim, muita merda. Mas ele não era só o monstro que vocês enxergam. — Olhou para o revólver de Joel. — Não tem como eu, você ou a Abby entendermos ele. A gente já nasceu nesse mundo de merda, destruído e fudido. Mas Joel, não. Ele tinha sua família, seus amigos, sua filha, sua vida... E perdeu tudo isso diante de seus olhos. Quando eu o conheci, ele era um babaca arrogante e amargurado, mas depois de atravessar o país todo com ele... — Suspirou e pegou algo em sua mochila. — Eu queria ter morrido aquele dia e ele sabia disso. Mas... Talvez... Ele preferia continuar nesse inferno comigo do que viver num mundo perfeito sem mim.
Entregou o pote de pomada à Lev e saiu do cômodo. O garoto ficou ali, parado por um instante. Abby, ainda virada para parede e suando de febre, apertou as mãos com força e cobriu o rosto com sua jaqueta.
——— FIM ———
Saudades eternas do Joel. Deixem aqui algum comentário em homenagem ou algo que lhe façam gostar desse personagem tão querido. O que acharam dessa conversa entre Ellie e Lev? Quais as expectativas para o próximo volume? Alerta de spolier.... Eles finalmente chegarão à Jackson!
PS- Infelizmente estou DESEMPREGADO. Quer ajudar/incentivar o desenvolvimento desta obra? Faça um pix de qualquer valor pro e-mail escritorkevindealmeida@gmail.com e já me ajudará muito a manter este projeto em andamento. Obrigado de coração e boa leitura!
Vol sensacional! Essa última frase pegou em, se tiver o III futuramente ele tem que ter algo parecido a isso, abby ver Joel como um monstro que matou seu pai, assim como pensei sobre a abby até ver o outro lado da moeda, que a abby também consiga muda seu pensamento sobre Joel ver o porquê ele fez aquilo. Belo trabalho escritor 👏 ❤️
Mano, gostei muito! Eu queria que a Ellie e a Abby fizessem as passes por mais que seja dificil e mais uma coisa... Que a Profetiza ajude o Lev a suportar as brigas delas no futuro kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Rapaz... É um misto de tantas coisas acontecendo!
Kevin, tem noção mais ou menos de quantos volumes tem pela frente? Torço pra que não acabe nem tão cedo! Muito obrigado por essa maravilhosa obra.