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The Last of Us Part 3 - Epílogo 1 - Dina

  • Foto do escritor: Kevin de Almeida
    Kevin de Almeida
  • 19 de abr. de 2022
  • 13 min de leitura


THE LAST OF US

PARTE III

FANFIC


AVISOS E DIREITOS AUTORAIS


Esta é uma obra feita por fã e sem fins lucrativos.

Todos os direitos da marca THE LAST OF US são pertencentes à Naughty Dog.

Qualquer um pode ler esta obra de forma gratuita. Porém a detenção dos textos para divulgação desta fanfic é de única e exclusiva autoria do Autor (Kevin de Almeida Barbosa) nas seguintes plataformas:


https://www.wattpad.com/user/KevindeAlmeida94


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Se é de seu interesse publicar a obra em seu site, conar sua história em canal de youtube, podcast ou outro meio que ignore as plataformas oficiais, favor entrar em contato no e-mail ou instagram para seguir as devidas instruções:


escritorkevindealmeida@gmail.com


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Esta obra levou dois anos para ficar pronta. Muito tempo, trabalho, esforço, estudos e gastos (revisão, edição, capa, divulgação) foram investidos para que pudesse chegar até você de forma gratuita.

Peço que respeitem o trabalho, NÃO divulguem de forma irregular e incentivem esta iniciativa.

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Comentários tóxicos, xingamentos e palavras de baixo calão usadas com cunho ofensivo não serão tolerados. A obra tem como intuito entreter, divertir e aproximar os amantes de THE LAST OF US.

Está é uma obra de ficção. Os fatos aqui narrados são produtos da imaginação. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, locais, fatos e situações do cotidiano deve ser considerada mera coincidência

Agradeço a compreensão e respeito de todos e desejo uma excelente leitura.



Autor: Kevin de Almeida Barbosa — Instagram: @escritorkevindealmeida ; @thelastofus.part3

Capa: Rafael Cardoso — Instagram: @r.c.dossantos

Revisão: Beatriz CastroInstagram: @beatrizcastrobooks



PS- Infelizmente estou DESEMPREGADO. Quer ajudar/incentivar o desenvolvimento desta obra? Faça um pix de qualquer valor pro e-mail escritorkevindealmeida@gmail.com e já me ajudará muito a manter este projeto em andamento. Obrigado de coração e boa leitura!




EPÍLOGO 1

DINA


A água quente banhava os cabelos negros, massageando o coro cabeludo. O barulho do chuveiro era intenso e constante, deixando um leve transe no banheiro neblinado. Faziam alguns minutos que Dina permanecia no banho sem, de fato, se banhar. Apenas parada, catatônica, perdida em seus pensamentos enquanto seu corpo relaxava pelo calor e água.

Alguns dias se passaram desde o reaparecimento e, novamente, partida de Ellie. Por muito tempo, Dina usou do ódio para se proteger, afastando as boas lembranças de seu amor e mantendo suas falhas, para de alguma forma ter feito seu abandono menos doloroso. Porém, o reencontro repentino, Ellie se desculpando, falando de seus sentimentos, querendo estar com Dina... Aquilo havia a afetado mais do que esperava.

Não tinha dúvidas que ainda sentia sentimentos por Ellie, só não imaginara que seriam tão intensos. Não como se tivesse perdoado e esquecido tudo que acontecera quando moravam na fazenda, mas ansiava a possibilidade de se criar algo novo. Porém, seu outro lado a firmava com os pés no chão a lembrando do real motivo de não estarem juntas... a própria Ellie. Por mais que Dina soubesse do amor de Ellie, fora a própria Ellie que a abandonara diversas vezes. Desde sua busca por vingança à Abby, em que a deixava grávida e passando mal sozinha, a situação da fazenda, e até agora em que mal passaram uma noite juntas, já havia partido novamente.

Dina sentia-se menos como uma adolescente apaixonada e mais como uma mulher responsável, afinal, era mãe agora, tinha que priorizar o bem-estar de seu filho, JJ. Claro que se imaginava morando feliz e romanticamente com Ellie, mas sabia bem o fato de que Ellie não mudara, e provavelmente não mudaria nunca.

Dina suspirou embaixo do chuveiro. Esfregava o sabonete repetitivas vezes em seu braço, numa tentativa inconsciente de terminar o banho, se esquecendo que havia todo o resto do corpo para se banhar. Por que Ellie mexia tanto com ela? Por que tinha que ficar pensando nela o tempo todo desde seu último encontro? Odiara ter que mais uma vez sentir esperanças por um amor feliz e ao mesmo tempo a incerteza de Ellie sequer estar viva.

——— Pág 1 ———


BUM! BUM! BUM! Ouviu-se batidas fortes na porta do banheiro e, em seguida, a voz de Tália em tom de alerta:

— Se troca agora! Alerta de intruso!

“Alerta de intruso?!” pensou Dina surpresa. “Nunca temos um alerta de intruso. Essa casa é extremamente difícil de se achar.” Desligou o chuveiro, enrolou-se na toalha e correu para o quarto. JJ estava dormindo em sua pequenina cama, coberto por uma manta verde clara e abraçado com Ollie, seu elefantinho de pelúcia, agora com aparência já mais gasta. Dina se trocou rápida e silenciosamente, saiu do quarto, trancou a porta com uma chave e a guardou no bolso. Abriu uma gaveta do corredor e encarou com receio o revólver que ali estava. Mal lembrava da última vez que teve que carregar um desses na cintura. Ainda sabia muito bem como se defender, mas passara a repudiar toda matança e violência preferindo passar seus dias mais como uma mãe e dona de casa.

— Abby! — Escutou a voz de sua irmã vinda da porta da sala.

Seu coração saltou à garganta. “Abby?!” O que ela estaria fazendo aqui de novo? O que será que aconteceu em Jackson? A última vez que teve notícias de lá fora Lev contando que os tais Cascavéis estavam a caminho de lá para encontrar Ellie. Dina perdeu o ar ao imaginar: “Será que Ellie veio junto da Abby?!” abriu um sorriso apesar de se sentir nervosa e despreparada para o reencontro. “Espera. Ou será que Abby matou Ellie?” Pelo histórico que tinham, era uma possibilidade. Contudo, Abby estava atrás de Ellie para uma cura, talvez tenha falando a verdade. E se Ellie abrisse mão de sua vida para criarem a cura? Mais uma vez o coração de Dina pareceu sair do lugar. Será que ela teria coragem? Ela disse uma vez que teria morrido pela cura quando mais jovem, mas e hoje?

Não aguentava mais sua mente divagando, então pegou o revólver e desceu as escadas. Deparou-se com Tália abraçando Abby bem apertado. Estranhou a cena, principalmente quando reparou os olhos lacrimejando de Abby que, ao ver Dina, soltou-se do abraço e limpou as lágrimas do rosto. Tália pôs as mãos no ombro de Abby como se a consolasse de algo.


——— Pág 2 ———


— Abby? — disse Dina a encarando desconfiada. Reparou que o garoto selvagem não estava com ela, mas não perguntou, pois não tinha boas lembranças dele desde a flechada nas costas que sofrera. — O que você fazendo aqui?

— Oi, Dina... Precisamos conversar.

Alguns minutos se passaram. Tália havia preparado chá em uma chaleira delicada com xícaras combinando em suas pinturas de flores campestres. Em cima da mesinha de centro da sala, bolachinhas e mais daqueles talos e folhas que comera da última vez com Tália. Abby estava sentada com uma xícara de chá na mão, meio sem jeito, enquanto Tália e Dina encontravam-se sentadas no sofá oposto, a encarando curiosas.

Abby começou a contar tudo que havia acontecido, a começar pelo ataque dos Cascavéis à Jackson, a transformação deles em infectados “Que horrível! – exclamou Dina” e escravidão dos poucos que sobraram. Disse que Víbora havia mandado capangas com reféns para onde Dina e Tália estavam e perguntou se não foram atacadas “Acho que não encontraram nossa fazenda — concluiu Tália — As plantações infectadas em volta afastam os olhares curiosos; — Pode ser que esses Cascavéis deserdaram — completou Dina —, ou foram rendidos pelos reféns. As pessoas de Jackson são duronas.”

Depois contou que libertou Maria e os reféns e que alguns deles conseguiram sobreviver. “E o Tommy?... Não acredito... – consentiu Dina tristemente com as mãos tapando a boca”. Falou bem por cima da luta com Víbora, omitindo a tortura de Ellie e o sacrifício que fizeram para se safar. Por fim, disse que Lev havia sido infectado (fato que contara para Tália momentos antes de Dina descer as escadas) e que estava sedado até que terminassem os testes.

— Testes? Como assim... testes?! — Dina mostrou-se bem intrigada.

Abby engoliu em seco, pareceu tomar coragem:

— Dina... — Pegou sua mochila e abriu o zíper. — Depois de tudo isso, apareceram Vagalumes em Jackson...

— Vagalumes?! — respondeu Dina surpresa.

— Sim... Ellie... — Tirou o diário de Ellie de sua bolsa e estendeu a Dina. — Pediu pra eu te entregar isso. Disse pra você olhar as últimas páginas.

Dina pegou o diário, o encarou por um tempo e depois voltou os olhos para Abby e Tália.


——— Pág 3 ———


— Pode ir, se quiser — falou Tália para Dina como se lhe desse permissão para ficar a só lendo o diário.

Em poucos segundos, Dina já havia abandonado as duas na sala e entrado em seu quarto com o diário abraçado ao peito. Por que Ellie pediria para a Abby lhe entregar seu diário? Por que ela mesma não tinha vindo pessoalmente? Por que escolhera justo a Abby? No fundo, Dina sentia que sabia o que tudo isso significava, mas continuou em negação ajeitando um banquinho, sentando-se nele e encarando a capa bege escura do diário de Ellie, com algumas manchas de sujeira e sangue secas. Já havia o visto algumas vezes enquanto viajava junto à Ellie na sua busca psicótica por Abby, mas Ellie jamais a deixara dar uma olhada, quanto menos o segurar. Sabia que era algo muito precioso e íntimo de Ellie, por isso a impressionava tanto que confiara a Abby a tarefa de transportar esse diário.

Finalmente Dina abriu o diário. O folheou com os olhos leves, tendo a atenção atraída por algumas palavras em específico, outras letras de músicas e muitos e muitos desenhos. Dinossauros, girafas, naves espaciais, paisagens, mariposas... Vira o seu próprio rosto desenhado em várias páginas, o que aquecia seu coração de forma melancólica, vira também desenhos de JJ, com o rosto muito mais gordinho do que estava no momento, pensou dando uma risadinha de ternura. Depois, viu alguns desenhos de Joel, com os olhos rabiscados e, algumas páginas à frente, o rosto de Abby com rasuras grosas e marcas fortes de lápis por toda a página.

Por alguns minutos, Dina não teve coragem de chegar às últimas páginas, ficava apenas folheando, parando em algumas histórias antigas, alguns amores passados, e alguns desabafos internos de como Ellie amava Dina, mas não sabia como se portar. Ali, Dina, por mais que não lesse com afinco página por página, entendia um pouco melhor dos sentimentos de Ellie, aqueles que ela insistia em esconder.

Contudo, quanto mais enrolava para avançar as páginas, mais suava frio, mais tremia as mãos, mais sentia seu coração acelerado à beira de um infarto. Era inevitável, precisava saber o que tinha acontecido com Ellie, o porquê de ela não estar ali pessoalmente. Respirou fundo e folheou até as páginas finais.


——— Pág 4 ———



“Dina


Oi, Dina,

Eu sei, é estranho eu te entregar uma carta, né? Ainda mais pelas mãos de Abby... Mas muita coisa aconteceu...

Infelizmente, eu não pude voltar pra te ver pessoalmente. Era o que eu mais queria. Só que as coisas ficaram tão complicadas...”

Havia muitas rasuras no começo da carta, como se Ellie tivesse tentado diversas vezes até ficar satisfeita com o resultado.

“Olha, você sabe que eu nunca fui boa com sentimentos. Não sei me expressar muito bem. Prefiro meus quadros e minhas músicas, mas não conseguiria pôr pra fora tudo que tenho pra falar dessa forma. Na verdade, acho que nem por carta vou conseguir, mas vou tentar.

Primeiro eu queria te pedir desculpas por tudo. Eu jamais devia ter te abandonado, nenhuma das vezes. Tudo o que eu mais queria era estar ao seu lado. Você é tão maravilhosa! Mas eu... sou tão estúpida eu sou quebrada. Não consegui lidar com a perda do Joel, e foi por conta disso que tudo ruiu.

Eu não fui muito boa pra você. Devia ter te dado mais valor quando tive a chance. Ter ficado quieta no meu canto, aproveitado a vida ao seu lado. Mas, cê sabe, eu sempre fiz as coisas do meu jeito, e por isso que estamos nessa merda toda... eu estraguei tudo.

Hoje eu entendo bem melhor que nossas escolhas e atitudes têm grandes consequências. E... é tudo culpa minha, Dina... A morte do Jesse... ter deixado você sozinha... e agora, Jackson...”

A carta de Ellie estava com marcas de pingos que molharam e secaram na página, o que Dina julgou terem sido lágrimas de Ellie.

“Por conta de eu ter ido à Santa Barbara atrás da Abby, acabei matando muitos de uma gangue chamada Cascavel, como já te contei. Só que eles vieram até Jackson e... fuderam tudo transformaram todos em infectados... DrogaÉ minha culpa, Dina! Se eu não tivesse...


——— Pág 5 ———


Desculpa... queria que fosse uma carta bonita e legal, mas não tô conseguindo... é muita coisa pra mim.”

Dina sentia um forte aperto em seu peito, odiava ver Ellie se culpando por tudo aquilo. Era peso demais para ela carregar sozinha. Queria poder abraçá-la e acalmá-la de tudo que passava.

“Sabe, Dina... Hoje eu acho que entendo melhor porque Joel me salvou dos Vagalumes. Acho que ele queria que eu vivesse de verdade. Não toda matança que era minha vida, mas ser feliz... ter um amor.

Você foi esse amor, Dina. Eu nunca me relacionei muito bem com as pessoas, cê sabe, eu me irrito fácil com todo mundo. Mas não com você. Eu sempre me sentia tão em paz com você, tão bem. Não há um dia sequer no qual eu não me lembre da nossa vida na fazenda. Só eu, você e o JJ. Aqueles dias tranquilos, ver você dançando com seu lindo sorriso à mostra; ver JJ brincando com Ollie e chorando por não saber se queria o meu ou o seu colo; de quando ele dormia cedo e nossas noites ficavam agitadas. Isso com certeza é algo que me arrepia só de lembrar.”

O coração de Dina se aqueceu ao lembrar de diversos momentos junto a Ellie na fazenda. Não gostava de admitir, mas foram os momentos mais felizes de sua vida também.

“Eu queria poder recomeçar com você, criarmos algo novo e sermos felizes de novo. Mas eu nem sei se você gostaria disso tudo, talvez você já tenha me superado e percebido que eu não sou a melhor pessoa pra você. E se por algum milagre você ainda gostasse de mim, eu não conseguiria... Não conseguiria olhar nos seus olhos depois de tudo que eu fiz, de todo o abandono, de toda a matança... depois do que fiz a Jackson...

Eu não mereço. Não posso...

Dina, preciso te contar algo merda complicado.

Depois de tudo que aconteceu em Jackson, com os Cascavéis, os Vagalumes apareceram. Sei que é difícil de acreditar, mas era a missão de Abby desde o início, vir com os Vagalumes pra Jackson. E o que ela disse era verdade, eles têm um doutor capaz de produzir uma cura. Uma cura, Dina, não só pra prevenir da infecção, mas pra reverter os infectados.”


——— Pág 6 ———


Ao ler a palavra “Vagalumes”, seu subconsciente já a alertava do que estava prestes a vir, e como quem gostaria de negar os fatos, Dina desviou o olhar da carta por um breve momento. Não queria continuar, seus olhos já escorriam lágrimas contra a sua vontade. Olhou para o JJ, procurando um conforto para se acalmar. Respirou fundo, engoliu seu coração que estava na garganta e retornou à leitura.

“Parece loucura, mas o doutor pareceu esperançoso... Ele me disse que não dá pra curar baiacus e estaladores, mas que os recém infectados têm chances muito maiores de voltar ao normal.

Eu devo... Eu posso curar eles, Dina. Todos os habitantes de Jackson que foram infectados por minha culpa. Eu posso A partir de mim, pode se criar um mundo novo pra viver. Um mundo sem infectados, um mundo melhor pra você e pro JJ.

Eu tenho novamente essa chance, Dina, não posso desperdiçar. Eu sei bem o que isso significa, e confesso que estou bem nervosa. Mas, sabe, eu não fui uma boa pessoa, Dina. Eu.dest.r Eu matei muita gente... gente que merecia e gente que não. Achava que só porque eu estava com raiva, podia sair matando e matando até me acalmar, até me... vingar. Mas eu nunca me acalmava. Quantos Joels eu matei pra outras Ellies... Quantos Jesses eu matei pra outras Dinas e JJs... E Jackson... todos eles infectados... a dor dos famili

Essa é minha chance de consertar tudo isso, Dina... Só eu posso concertar tudo isso. Talvez... por isso eu seja imune, pra reparar todo o mal que eu fiz. Eu queria, pelo menos uma vez, fazer a escolha certa. E por mais que eu queira, do fundo do meu coração, escolher viver com você... eu não posso negar a chance de salvar todos eles... de... dar um mundo melhor pra você e pro JJ.”

Nesse momento Dina desabara. Seu choro jorrava como pequenas cachoeiras nos olhos e seus soluços vinham em espasmos tirando seu folego ritmicamente.

“Queria uma vez não fazer uma escolha egoísta.

É ainda mais difícil fazer essa escolha agora. Antes, eu não sabia o que ia acontecer comigo, só queria ir até o final. Mas agora sei do que tenho que abrir mão. De você e de JJ. E isso me dói tanto... mais do que qualquer batalha que já tive em minha vida.


——— Pág 7 ———


Mas não pode ser em vão, Dina... Todos que morreram por essa causa. Toda a jornada que eu tive com Joel... eu... queria ser a cura. Eu fiquei tão brava com o Joel quando ele me negou isso, e agora... eu não s

É complicado...

Eu queria que as coisas fossem diferentes... mas com a minha morte,” Dina engoliu em seco “os habitantes de Jackson vão poder voltar ao normal, Lev vai voltar ao normal, o mundo vai mudar e você e o JJ nunca mais terão que se preocupar com infectados.

E mesmo assim, o que mais me deixa em dúvida nisso tudo, não é o medo de perder a minha vida, mas o medo de perder você, Dina. Você foi minha força todo esse tempo, a esperança que me mantinha firme, o desejo de te reencontrar e... te beijar..te abraçar..te sentir ser feliz. Eu nunca me senti tão feliz e à vontade quanto me sentia com você. O jeito que você faz eu me sentir, como se eu fosse... normal. Eu queria ser mais como você, aprender com você, te amar e ser amada por você. Queria ver JJ crescer, brincar um monte com ele e viciá-lo em filmes e quadrinhos, ensiná-lo a tocar violão e a contar piadas bobas e sem graça... ver ele sendo feliz.

Você, Dina, é tão importante pra mim que eu realmente cogitei fugir daqui, nem que precisasse matar o que restou de Jackson e Vagalumes só pra ficar ao seu lado.”

Dina fechou o diário marcando a página com os dedos, curvou seu tronco no banquinho e deixou seus sentimentos saírem com força. O choro então era alto, a dor no peito sufocante, a solidão consumindo seu ser como um buraco negro, não deixando qualquer pingo de esperança escapar. Limpou o nariz com as costas da mão e, tremulamente, reabriu o diário.

“Mas... não posso.

Eu tenho que ajudar eles. Eu devo isso... a todos eles.

Eu sinto muito mesmo, ter que te abandonar de novo. Mas pense pelo lado bom, essa será a última vez que faço isso...” As letras de Ellie estavam trêmulas.

“E saiba que no final eu estarei lembrando do seu olhar penetrante, da sua voz macia que me acalma, do seu abraço apertado que me acolhe, do seu toque que me tira o ar, do seu beijo que me alucina, de nós duas juntas, nos amando. De toda felicidade que você me fez sentir, de todo amor e ternura que eu achava que nunca teria, de me sentir a mulher mais feliz do mundo. E Você será meu último pensamento pra que eu possa partir em paz.

Eu te amo, Dina, para sempre...

Com amor,

Ellie Willians”

Dina fechou o diário, o apertou sob o peito num abraço agonizante e caiu de joelhos enquanto chorava desconsoladamente.

— Ma... mãe? — JJ havia descido da caminha e estava ao lado de Dina, a fitando tristemente como se entendesse que sua mãe não estava bem.

— Ah, JJ...! — Dina o abraçou com força e continuou seu choro desolada.



——— Continua ———


E aí gente, o que estão achando dos capítulos finais da obra? Derramaram muitas lágrimas aqui? haha

Semana que vem eu trago o último capítulo, finalmente essa jornada está chegando ao fim. Agradeço a todos que me acompanharam nessa trajetória e que acreditaram no potencial dessa história. Sou grato demais a todos vocês, afinal, sem vocês pra lerem essa história, não teria o porquê de eu escrevê-la.

E gente, futuramente gostaria de pedir um favor a vocês, algo bem fácil de vocês fazerem e que vai ajudar muuuuuuito essa obra, mas contarei futuramente.

Então... até semana que vem com o último capítulo =D


ps- quem puder curtir todos os capítulo e comentar neles, já ajuda muito a própria plataforma indicar minha história. E claro, quem puder compartilhar com os amigos ou nas redes sociais ajuda mais ainda. Valeus como sempre gente s2


pss- capítulo tá saindo mais cedo porque estarei fora essa semana, então não estranhem se eu demorar pra responder hehe

4 Comments


WILLYAN GUSTHAVO MAIA PIRES
WILLYAN GUSTHAVO MAIA PIRES
Apr 30, 2022

Eu tô chorando agora, acabei de ler esse episódio kkkk, mano a carta da Ellie tem um peso emocional muito

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Kevin de Almeida
Kevin de Almeida
Apr 30, 2022
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já deixou as lágrimas pingarem no teclado fazendo esse comentário haha

Essa cartinha da Ellie quebrou as pernas né. Que bom que curtiu e se emocionou Willyan

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Lucas Oliveira
Lucas Oliveira
Apr 20, 2022

Cara eu conheci essa sua fanfic pelo Youtube no short de um canal que não me recordo mas que sempre fala do the last e mano.... Se rolar uma terceira parte do game os caras tem que pegar sua história como referência estou no trampo lendo e na moral segurei o choro mano mas deu pra sentir total o peso da carta o sofrimento da Dina a nossa imaginação criando a cena visualizando os acontecimentos sem palavras só digo parabéns mano parabéns ansioso para o último capítulo

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Kevin de Almeida
Kevin de Almeida
Apr 28, 2022
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Oh meu querido, obrigado pelas palavras. Fico muito feliz de ver que você tá gostando tanto assim =D

O último capítulo sai amanhã e to ligado que vai fechar com chave de ouro hehe

valeus por confiar no trampo e por ler desde o início.

E sobre ter mesmo a terceira parte do game, lê o próximo post desse site que eu falo sobre a parte 3 da Naughty dog pra ver quais os planos futuros dessa obra.

E man, se possível, ajudaria muuuuito se você compartilhasse pra ajudar, no post que eu falei tem alguns grupos e links jjá separados que deixei pra quem quiser me ajudar nessa empreitada.

Valeus Lucas, tamo junto

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