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The last of Us Part 3 - Vol. 21 - Dívidas Pagas

  • Foto do escritor: Kevin de Almeida
    Kevin de Almeida
  • 3 de fev. de 2022
  • 10 min de leitura



THE LAST OF US

PARTE III

FANFIC


AVISOS E DIREITOS AUTORAIS


Esta é uma obra feita por fã e sem fins lucrativos.

Todos os direitos da marca THE LAST OF US são pertencentes à Naughty Dog.

Qualquer um pode ler esta obra de forma gratuita. Porém a detenção dos textos para divulgação desta fanfic é de única e exclusiva autoria do Autor (Kevin de Almeida Barbosa) nas seguintes plataformas:

https://www.wattpad.com/user/KevindeAlmeida94


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Qualquer um que disponibilizar os textos em plataformas físicas ou digitais, assim como divulgar o conteúdo em qualquer forma, seja via vídeo, áudio ou imagem, estará violando os direitos autorais e estará sujeito às penalidades.

Se é de seu interesse publicar a obra em seu site, contar sua história em canal de youtube, podcast ou outro meio que ignore as plataformas oficiais, favor entrar em contato no e-mail ou instagram para seguir as devidas instruções:


escritorkevindealmeida@gmail.com


@thelastofus.part3


Esta obra levou dois anos para ficar pronta. Muito tempo, trabalho, esforço, estudos e gastos (revisão, edição, capa, divulgação) foram investidos para que pudesse chegar até você de forma gratuita.

Peço que respeitem o trabalho, NÃO divulguem de forma irregular e incentivem esta iniciativa.

Se gostou do trabalho e quer ajudar em sua continuidade, divulgue os links das plataformas oficiais, comente e engaje nas redes sociais e plataformas oficiais, indique para algum(a) amigo(a) que gostará da leitura ou entre em contato no e-mail:


escritorkevindealmeida@gmail.com


Comentários tóxicos, xingamentos e palavras de baixo calão usadas com cunho ofensivo não serão tolerados. A obra tem como intuito entreter, divertir e aproximar os amantes de THE LAST OF US.

Está é uma obra de ficção. Os fatos aqui narrados são produtos da imaginação. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, locais, fatos e situações do cotidiano deve ser considerada mera coincidência

Agradeço a compreensão e respeito de todos e desejo uma excelente leitura.


Autor: Kevin de Almeida Barbosa — Instagram: @escritorkevindealmeida ; @thelastofus.part3

Capa: Rafael Cardoso — Instagram: @r.c.dossantos

Revisão: Beatriz CastroInstagram: @beatrizcastrobooks



PS- Infelizmente estou DESEMPREGADO. Quer ajudar/incentivar o desenvolvimento desta obra? Faça um pix de qualquer valor pro e-mail escritorkevindealmeida@gmail.com e já me ajudará muito a manter este projeto em andamento. Obrigado de coração e boa leitura!




DÍVIDAS PAGAS


Algum tempo antes da perseguição dos Cascavéis pelos sobreviventes de Jackson e da explosão causada por Tommy, Abby e Lev haviam acabado de chegar no quarteirão da casa de Ellie. Não tinha muitos capangas protegendo o lugar, afinal, todas as ameaças foram abatidas com sucesso e, com a captura de Ellie, a falsa sensação de segurança tomava os Cascavéis. Ainda assim, havia alguns que protegiam os arredores, mas ficavam a certa distância da casa, como se Víbora quisesse privacidade para devorar sua presa recém capturada.

Com a cidade inteira deserta exceto pelo Leste, onde sabiam que estava havendo uma comemoração, ter capangas rodeando a casa de Ellie era um perfeito indício que ela e Víbora estavam lá.

Abby e Lev estavam agachados no telhado de uma casa que dava uma boa visão do quarteirão. Contavam os soldados que faziam rondas e planejavam como entrariam, até que tiveram o raciocínio interrompido por um Cascavel que corria de longe ao encontro de sua líder. Não era possível escutar suas conversas, mas dava pra entender que os seguranças não queriam deixar o Cascavel entrar na casa de Ellie, mas o desespero do rapaz os convenceu de alguma forma, fazendo-os deixarem-no entrar.

Poucos segundos depois, a porta se escancarou com um forte chute e Víbora saiu marchando furiosa seguida pelo Cascavel que a seguia encolhido como um filhote amedrontado. Ela atravessou o quintal e chegou à ponta da cerca onde se encontravam quatro seguranças. Dava ordens e apontava para direções e capangas, parecia realmente irritada e fora de si. Um dos capangas pareceu dizer alguma coisa, mas antes que terminasse, levou uma cotovelada na boca e caiu desacordado. Depois disso, Víbora partiu com o capanga amedrontado e mais outro. Um segurança ficou de guarda em frente a cerca enquanto o outro correu aos arredores gritando.

— Agrupar! Protejam a Besta Ruiva! — Passou pela esquina da casa onde Abby e Lev estavam e continuou para o Sul, chamando os capangas aos arredores.

— É a nossa chance — disse Abby, descendo do telhado.

— Será que descobriram a fuga dos reféns? — perguntou Lev, a seguindo.


——— Pág 1 ———


— É possível. Isso vai manter eles ocupados.

— Eles vão morrer, Abby, estão muito machucados.

— Não temos tempo pra isso agora, temos que tirar Ellie de lá antes que os capangas da ronda cheguem aqui.

Lev fechou a cara. Pensou por um instante e sentiu uma fúria tomar seu corpo. Aumentou a velocidade e deixou Abby para trás e, antes que ela pudesse pedir para o garoto a esperar, Lev sacara seu arco, mostrara sua posição para o capanga na entrada da casa de Ellie e atirou uma flecha metálica que atravessou o meio do rosto do homem e a cerca atrás dele, pendurando o corpo morto na cerca que se debatia em seus últimos suspiros de vida.

Em seguida, Lev correu até o corpo e tentou puxar a flecha da cara do defunto, mas atirara com tanta força que havia ficado muito bem presa na cerca. Mas isso não fez o garoto desistir, ele puxou com mais força, usou as duas mãos, e foi além, colocou o pé no meio do peito do corpo morto e puxou com uma fúria anormal.

— Que merda é essa, Lev?! — Abby puxou o ombro do garoto tentando o impedir da selvageria que protagonizava, mas ele tirou a mão de Abby bruscamente e se voltou com os olhos em lágrimas e rosto retorcido em raiva.

— EU QUE PERGUNTO! QUE MERDA É TUDO ISSO, ABBY?! Não importa por onde a gente passa, é só morte que encontramos, em todo o lugar! A profetiza disse que os demônios eram tomados pela fome da morte, que não tinham escolha. Mas os humanos... ESSES SÃO OS VERDADEIROS DEMÔNIOS! ELES TÊM ESCOLHA, ABBY! E, mesmo assim, escolhem trucidar uma cidade inteira por prazer! UMA CIDADE INTEIRA, ABBY, TRANSFORMADA EM DEMÔNIOS! — Novamente tentou desprender a flecha, agora com ainda mais revolta, rasgando o rosto do defunto e quebrando as costelas dele com o pé que usava de apoio. — Tudo o que vemos é morte. Tudo o que fazemos é matar. Todos que gostamos morrem. Até quem amamos tentam nos matar. Minha mãe, Abby, minha própria mãe tentou me matar. E o que eu fiz? EU MATEI ELA, ABBY! EU MATEI A MINHA MÃE!

Abby abraçou Lev com força e ambos ajoelharam no chão. Lev começou a chorar em prantos, soluçando e apertando Abby com tanta força que ela sentia as unhas do garoto arrancarem pedaços de pele do seu braço. Alguns segundos se passaram enquanto Abby acariciava os cabelos do garoto e tentava o acalmar como uma mãe acalma seu bebê assustado.


——— Pág 2 ———


— Ah, Lev... — Abby não conseguia mais segurar suas lágrimas, percebia que Lev passou por tanta coisa tão rápido que não havia tido tempo para processar tudo. — Sua mãe... não foi sua culpa. Não foi sua culpa, garoto... — Ela pegou o rosto de Lev com as duas mãos, limpou suas lagrimas com seus polegares e o encarou nos olhos. — Vamos construir um mundo melhor, Lev, eu e você. Vamos resgatar a Ellie e produzir uma cura, e nunca mais iremos matar ninguém, pelo contrário, vamos salvar as pessoas, vamos curar os demônios. Eu Prometo! — O garoto pareceu se tranquilizar um pouco. — Agora vamos, precisamos salvar a Ellie antes que os Cascavéis voltem. — Lev concordou com a cabeça, o rosto vermelho e olhos inchados. Abby levantou-se e com um único e forte solavanco arrancou a flecha da cerca e do defunto e deu a Lev.

Ambos atravessaram rapidamente o quintal e se esgueiraram na quina da casa de Ellie. Tentavam olhar pelas janelas para saber se havia algum capanga a protegendo por dentro, mas estava tudo vedado. Abby olhou pela fechadura, mas não conseguiu enxergar nada.

— Vou pular pela janela do banheiro, se tiver alguém lá dentro eu dou um jeito — disse Lev, a voz ainda trêmula por conta do choro. Abby tentou impedir, mas o garoto já havia pulado pela pequena janela de ventilação do banheiro. Abby sacou seu revólver e ficou esperando um sinal do garoto. Então, escutou um grito abafado de Lev e, em seguida, silêncio.

— Lev?! LEV?! — chamou, cochichando, mas o garoto não a respondeu. — Puta merda! — Abby correu para a porta principal e entrou com tudo apontando sua arma preparada para o combate, mas o que viu a chocou tremendamente. — Meu Deus...

Em meio a roupas jogadas, páginas de gibis rasgadas e alguns utensílios químicos estava Ellie, no meio de seu quarto, amarrada numa cadeira. Seu corpo fraco com manchas de sangue por toda a roupa, enormes e grossas agulhas que penetravam fundo em seu joelho direto e cotovelo esquerdo, dos quais tremiam em leves espasmos. A cabeça de Ellie estava caída para o lado também tremendo. Seu olhar cansado, abatido, derrotado, encarando um vazio ou algo que definitivamente não estava lá. Sua respiração ofegante e falha e sua boca liberando uma espécie de espume verde amarelada.


——— Pág 3 ———


Abby já se imaginara torturando Ellie várias vezes, afinal, já havia torturado Serafitas antes, e mesmo tendo passado os últimos dias junto a ela, ainda tinha aquele desejo lá no fundo de poder fazê-la pagar pelo que fez. Mas aquilo... ver ela daquela forma, torturada em seu próprio quarto após ver sua cidade inteira ser transformada em infectados... aquilo ela não desejava nem para sua pior inimiga, que no caso era a própria Ellie.

Lev voltara no banheiro e procurava algo que pudesse ajudar. Abby se aproximou até Ellie, chamou-a pelo nome algumas vezes, estalou os dedos diante de seus olhos, balançou seus ombros, mas nenhum sinal de reação.

— Ela envenenada. Maldita Víbora! — Voltava Lev com um balde com água e uma camiseta surrada. Ele molhou a camiseta e usou para limpar o rosto e a espuma da boca de Ellie. Depois, continuou com a limpeza gelada nos braços de Ellie e viu seu corpo diminuir os tremeliques e espasmos, mas ainda assim, ela não retornava. Abby assistia à cena, ver Lev cuidando dela depois de tudo o que ela fez era muito confuso. Abby sabia que Ellie tinha feito coisas horrendas para ela, mas ali, vendo-a daquela forma, era como se seu rancor tivesse se transformado em pena. Sabia o que estava acontecendo, pois ela mesmo já havia torturado e sido torturada. Abby seguiu o caminho da vingança, e por isso perdeu todos os seus amigos e acabou sob escravidão de Víbora sendo resgatada por Ellie. E naquele momento a história se repetia em posições opostas. Suas dívidas estavam pagas.

— Os ferimentos de bala... eles... foram tratados — disse Lev ao limpar o ombro da garota.

— Eu já vi muita coisa horrenda nesse mundo, mas tratar alguém só pra poder torturar depois é monstruoso. — Abby sentia certa náusea em imaginar as coisas que Víbora era capaz de fazer. Ela não era como os outros, a maioria matava por sobrevivência, mas Víbora... Ela fazia por diversão, era tudo um show. Mortes, sofrimento, crueldade, tudo peças num jogo de tabuleiro que Víbora amava jogar, e que jogava muito bem.

— A gente tem que tirar essas agulhas. Ela não vai conseguir andar com isso dentro dela. — falou Lev encarando as agulhas com uma cara de agonia.

— É melhor puxar de uma vez só — completou Abby segurando a agulha do cotovelo da garota. — No três. Um... Dois...


——— Pág 4 ———


Abby puxou com tudo e tirou a agulha que agora se mostrava muito maior do que esperavam. Instantaneamente, Ellie soltou um berro ardido e começou a chorar.

— Por favor... Me mata... — choramingava, implorando de cabeça baixa. — Me mata...

— Ellie, calma, a gente aqui, vamos tirar você dessa — disse Lev. Ellie levantou um pouco o rosto e encontrou os olhos de Lev, mas seu olhar estava perdido, desesperançoso.

— Chega de miragens... acaba com isso... por favor...

— Ellie! A Víbora não aqui, mas ela pode voltar a qualquer momento. A gente precisa tirar essa agulha do seu joelho e sair logo daqui. — Abby tentava se comunicar enquanto Lev continuava passando a camiseta molhada no rosto dela. — preparada?!

Ellie não respondeu. Sua cabeça girava de um lado para outro, assim como suas pupilas. Abby olhou para Lev buscando sua aprovação e o garoto consentiu.

— AAARRRRGGGHHHIIIIIII — grunhiu Ellie com força e voltou a chorar.

Abby jogou a agulha no chão e começou a desamarrar a garota, enquanto Lev ainda lavava o rosto dela que, com o tempo, ia parecendo um pouco menos ruim e mais lúcida.

— Ei! me ouvindo? com a gente? Temos que sair daqui agora. — Abby insistia enquanto Ellie a olhava como uma drogada ainda no mundo da fantasia. Então, Ellie apontou para o colchão. — Não, Ellie, não dá pra deitar agora, precisamos ir — disse, tentando levantar Ellie, mas a garota se recusou com dificuldade e apontou novamente para o colchão dizendo: “Armas”.

Lev entendeu o recado e começou a revirar a cama de Ellie. Ele olhou nas laterais, na parte de baixo, tirou o colchão e finalmente achou uma abertura para colocar o dedo e levantar um fundo falso da cama. Seus olhos brilharam. Várias flechas, algumas munições e barrinhas de cereais, uma corda, um revólver e uma quantidade considerável de pólvora.

— Francamente, na própria cama... — reprovou Abby. Lev atacou uma barrinha de cereal e jogou algumas para Abby que fez o mesmo. — Come, vai te fazer melhor. — Jamais imaginou que estaria ajudando Ellie a se alimentar, e jamais imaginou que a garota a permitiria disso. Lev começou a se armar enquanto Abby ajudava Ellie a se levantar. Ao fundo, bem de longe, começaram a ouvir disparos e gritos. — A gente precisa sair daqui agora!


——— Pág 5 ———


— O balde... — Apontou Ellie. Abby a ajudou a se aproximar e Ellie enfiou seu rosto inteiro dentro d’água.

Os tiros e gritaria começaram a aumentar. Havia algo estranho, era como se uma guerra se aproximasse deles.

— Estamos ficando sem tempo! — apressou Abby.

— Estou pronto! Aqui, munição pra sua MP5. — Lev entregou para Abby — Vou ver o que acontecendo lá fora.

Ellie tirava o rosto do balde, respirava fundo, mordia mais um pedaço de barrinha e afundava a cabeça na água de novo, como um bêbado tomando banho gelado para voltar a lucidez.

— Você com a gente, Ellie? — perguntou Abby. Ellie fez um joia com a mão, mas era nítido que não tinha condições de lutar, mal conseguia manter o equilíbrio ao lavar seu rosto. — Como aí fora, Lev? ... Lev?

O barulho então estava muito mais nítido. Os disparos diminuíram, mas, em compensação, a gritaria aumentou e muito, e infelizmente, eles conheciam bem aquele tipo de grito. Lev deu alguns passos para trás atônito e olhou para Abby. Seu rosto branco, sem esperanças, perdido.

— Libertaram eles, Abby... Os habitantes de Jackson... Todos os... infectados!


——— Continua ———


A situação está bem crítica para nossos protagonistas. O desafio que vem pela frente talvez seja mais do que possam aguentar. Deixem nos comentários o que acharam desse capítulo e quais suas teorias para o próximo =D


Finalmente entramos nos capítulos finais de The Last of Us Part 3. O próximo capítulo será uma edição especial com muito mais páginas do que de costume. Também teremos a revelação da última capa da obra. Agradeço a todos que estão acompanhando essa trajetória. Tamo junto! S2

2 comentários


Rayane Martins
Rayane Martins
19 de fev. de 2022

Cheguei!! O que houve? Tá demorando mais que o normal pra lançar o próximo capítulo. Mas enfim, finalmente a Ellie reapareceu. O negócio com o Tommy tava emocionante mesmo, mas tava começando a sentir falta da ruivinha .

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Kevin de Almeida
Kevin de Almeida
22 de fev. de 2022
Respondendo a

O capítulo 22 já tá disponível, e o 23 sai essa quinta. Demorou um pouco mais pq como estamos nos capítulos finais, eles estão maiores e mais trabalhados, então levo mais tempo pra fazê-los.

Haha e relaxa que sua ruivinha vai aparecer muito agora, e vai mostrar que mesmo debilitada do jeito que tá, ainda é incrivelmente perigosa

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