The Last of Us Part 3 - Vol. 20 - O Último dos Millers
- Kevin de Almeida
- 27 de jan. de 2022
- 10 min de leitura

THE LAST OF US
PARTE III
FANFIC
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O Último dos Millers
Os olhos de Tommy miravam freneticamente vários cantos da usina, sua mente maquinando planos e mais planos em busca da estratégia perfeita.
"Primeiro tenho que lidar com os cães que estão me farejando, eles não vão demorar pra me achar aqui" pensava Tommy escutando os latidos consecutivos. "Depois tenho que dar um jeito de enfrentar infinitos soldados. Se eu conseguir barrar a entrada de algum jeito, posso impedir que esses desgraçados continuem brotando. Beleza... tenho que deixá-los perdidos nesse labirinto de máquinas, não sou mais tão ágil quanto antes pra dar conta de muitos deles numa luta direta"
Os latidos se aproximavam e Tommy sabia que deveria começar a se mover... mas para onde? Não podia desperdiçar tempo já que não corria mais tão rápido por conta de sua perna manca. Também tinha a visão debilitada pelo tiro que tomou de Abby. Ele tinha uma luta bem difícil pela frente e teria que executar tudo perfeitamente. Ele olhou para o lado e como um flash de luz iluminando a escuridão, sentiu seus planos se encaixarem em sua cabeça. Havia visto uma máscara de gás para emergências em caso de vazamento e contaminação química, emergência essa que ele mesmo causaria. Ele pegou a máscara e foi até o parapeito do andar que dava visão ao térreo. Avistou uns cinco Cascavéis dentro da usina, outros ainda entrando e sabe se lá quantos cachorros que corriam escondidos entre as ferragens.
Tommy pegou um galão de gasolina que estava perto dele, o destampou e jorrou-o pela escada abaixo. Em seguida, pegou sua sniper e atirou, mas nenhum Cascavel foi atingido.
— Cuidado! Sniper! — gritou um dos capangas.
— Veio lá de cima — completou outro.
Tommy deu mais três tiros até que um Cascavel o avistou. Porém, nenhum dos tiros pegou nos inimigos, apenas perfuraram alguns equipamentos que começaram automaticamente a soltar leves jatos de fumaça tóxica. Enfim, Tommy avistou três cães que acabaram de subir as escadas em busca dele. Sem pensar duas vezes, sacou seu revólver e deu um tiro na gasolina no chão que inflamou instantaneamente, queimando os cães vivos que esganiçavam e se contorciam.
Alguns tiros começaram a voar onde Tommy estava, mas ele conhecia muito bem o terreno da batalha. Ele pegou a mini escopeta e atirou em um galão no andar de baixo próximo a ele, que estourou soltando um jato de fumaça quente que cobriu três capangas derretendo suas peles. A fumaça tomou conta do ambiente nublando todo o local, impedindo que os outros Cascavéis o vissem.
——— Pág 1 ———
Tommy se agachou tomando cobertura e foi em direção à porta de entrada do andar de baixo, mas pelo lado de cima. Olhou e viu mais e mais soldados entrarem, devia ter pelo menos uns quinze lá dentro. Tommy colocou sua máscara de emergência e pegou alguns parafusos que estavam num pote de manutenção na mesa ao seu lado. Ele os jogava com força para diferentes lados, acertando máquinas de metal e fazendo sons parecidos com revólveres de baixo calibre.
— Estão atirando! — alertou uma Cascavel que apontava sua AK-47 tentando perseguir os sons.
— Os malditos conseguiram armas.
— Se protejam.
— Não consigo ver nada! — E assim continuaram reclamando.
Os Cascavéis estavam desnorteados pelos sons de pipocos de parafusos e por conta da fumaça que, além de bloquear o campo de visão, finalmente começava a fazê-los tossir. Tommy foi para a ponta do parapeito, pegou seu machado e deu com força em uma corrente que segurava um portão de metal de emergência que tamparia a porta principal. Mas ainda tinha a corrente do outro lado.
BLAM!
Um tiro acertou o ombro de Tommy e o derrubou para trás. Um dos capangas havia visto seu vulto pendurado no parapeito. Tommy sacou sua Sniper e mirou na outra corrente.
Blam... Errou o primeiro tiro.
Blam... Errou o segundo.
— Porra de olho — reclamou Tommy ao recarregar a arma.
Blam... errou o terceiro.
— Vaaamos, não me deixa na mão agora.
Blam! Finalmente acertou a corrente. O portão de metal despencou no chão tampando a entrada principal. Agora ninguém mais poderia entrar, e os de dentro não conseguiriam sair, já que só tinha a saída de cima e as escadas estavam pegando fogo. Tommy sentou e respirou fundo em sua máscara. A própria fumaça sufocaria os Cascavéis com o tempo.
— Porra, talvez eu não precisasse ter entortado o portão de cima. Não pensei que ia dar conta deles tão fac... — Foi interrompido por um som de algo quicando a poucos metros dele. Quando olhou, seu coração disparou e seus músculos agiram por puro reflexo o jogando para longe.
BOOOOOOMM!
——— Pág 2 ———
Uma granada explodira no andar de cima e atingira a gasolina próxima às escadas. Por sorte, Tommy estava distante da explosão, mas por azar, a explosão abalou a estrutura e derrubou parte do segundo andar levando Tommy junto.
Caiu ao chão em meio a pedras e entulhos que o cobriam. Um pedaço de concreto prendeu fortemente sua mão. Seu corpo doía, estava difícil de respirar mesmo com a máscara, e não se via quase nada por conta da fumaça escura e espessa. Tommy tentou tirar sua mão, mas sem sucesso. Olhou para o lado e viu um Cascavel vindo em sua direção, perdido em meio a tosses consecutivas, mas ainda assim tentando manter a arma apontada para o andar de cima achando que Tommy não caíra. Mais alguns passos e acabaria pisando em Tommy. Era uma situação complicada, se Tommy atirasse, avisaria sua posição aos outros Cascavéis que viriam ao seu encontro, mas ele ainda estava preso e seria facilmente abatido. Se não atirasse, o capanga o veria e o mataria.
Mas o capanga parou a um metro, tivera uma crise de tosse mais forte e caiu de joelhos no chão, engasgando-se. Dava para escutar o som seco de sua garganta se rasgando com a fumaça. Tommy tentou levantar o pedaço de concreto, mas era pesado demais. Pegou seu machado, apoiou na pedra e tentou fazer uma alavanca, forçou silenciosamente para não alertar o capanga.
Crack! O cabo do machado quebrou. Tommy prendeu a respiração, ele sabia o que isso significava. Foram apenas cinco segundos, mas Tommy viu tudo em câmera lenta, o machado se quebrando, o som emitido, o capanga tossindo virando para Tommy, seus olhos se encontrando, uma disputa estilo faroeste de quem sacava a arma mais rápido, e por fim, um tiro.
— Ouvi um disparo dali! — gritou outro capanga.
Tommy estava parado, com seu revólver na mão, observando o Cascavel cair morto, porém, agora escutava passos em sua direção. Ele colocou a Sniper e tentou mais uma vez usar como alavanca, mas também não funcionou. Não tinha mais o que fazer, aquela pedra não se movia dali, não importava o que fizesse. Sua cabeça girava em ansiedade, seu coração batia a beira de um infarto. Será que acabaria ali? O último dos Millers morreria preso em ferragens assassinado por uma gangue que escravizou seu povo? Seu povo... Não ganhara tempo o suficiente para eles fugirem. Precisava sobreviver. Ele tinha que ganhar mais tempo. Ele tinha que sobreviver a todo custo!
Tommy pegou o machado quebrado e bateu com força em seu punho. A dor foi insuportável! Ele não colocara nada na boca para amortecer a mordida extrema de tensão que seu corpo fez ao sentir seu punho se desprender pela metade. Pela metade... Como o machado estava quebrado, não teve a força de alavanca necessária para arrancar sua mão em um corte limpo, teria que dar outra machadada.
— Acho que foi por aqui que ouvi o tiro. — Uma voz ainda mais próxima.
Sem hesitar, Tommy deu outra machadada finalmente decepando sua mão fora e se libertando dos entulhos. Alguns dentes se quebraram com a intensidade da mordida de dor e muito sangue jorrou de seu braço. O corpo de Tommy estava inteiramente dormente, a partir dali a dor era tanta, mais tanta, que bagunçara todos os seus sentidos distorcendo suas sensações. Era como se agisse apenas pelo puro instinto de sobrevivência. A visão nublada o deixava praticamente cego na fumaça, seus passos cambaleantes o levando para a esquina de um maquinário para pegar proteção. Caiu no chão sem conseguir respirar direito, mas de alguma forma arrancara sua camisa com muita dificuldade e a enrolara no toco que sobrou do antebraço.
——— Pág 3 ———
— Aqui! — disse o Cascavel de cavanhaque — Ah não, o Marcelo tá morto, cara!
— Tô vendo um rastro de sangue, vem!
Os capangas seguiram o rastro até a quina onde Tommy estava e quando olharam, não havia nada.
De repente, a cabeça de um dos capangas explodira e quando o outro foi olhar para trás, também recebeu um tiro de mini escopeta na cabeça por Tommy que havia dado a volta no maquinário.
Ele caiu no chão quase inconsciente. Os olhos vazios, a respiração seca, a camisa no braço encharcada de sangue. Tommy escutava várias tosses de capangas morrendo sufocados com a fumaça. Havia conseguido, tinha parado eles.
BOOOOOOM!
Uma explosão arrebentou a porta de metal que fechava a entrada da usina. Tommy olhou com dificuldades e viu uma multidão de outros soldados prontos para entrar e, lá do fundo, em cima de um muro alto, Víbora, com um lança granadas que acabara de usar para arrombar o portão.
— É hora do massacre de nossas presas!!! Quero a equipe cobra invadindo a usina e matando o resto dos sobreviventes. — Ela ainda achava que tinha sobreviventes lutando lá dentro. — A equipe serpente vai dar a volta caso alguns deles tenha escapado. — Víbora gritava com ódio e excitação nos olhos.
A última frase de Víbora foi como uma injeção de adrenalina no corpo destroçado de Tommy. Ele ainda não podia morrer. Víbora daria a volta e perseguiria Maria e os outros até o portão do Norte. Mesmo se não conseguissem alcançá-los para capturar, ainda teriam visão para alvejá-los de tiros pelo campo aberto que era aquele lugar. Ele precisava se levantar. Tinha a obrigação de terminar o serviço.
— VAMOS, CORPO! SE MEEEEXA! — grunhiu com força, obrigando seu corpo a se levantar. Ele estava a poucos metros da porta principal, não tinha como parar todos de uma vez, tinha de pensar em alguma coisa rápido.
— Ali! Tô vendo um! — O avistou um dos capangas.
Tommy deu as costas e correu entre a fumaça e os equipamentos. Ouvia tiros e gritos vindo de suas costas, ele não enxergava o caminho, mas trabalhara tanto na usina que sabia de cor. Foi cambaleando até uma porta à esquerda onde havia uma escada para o subsolo. Quando foi descer, tropeçou e caiu rolando vários degraus. Estatelou-se na porta, abrindo-a e caindo com o peito no chão, perdendo totalmente o ar. Tirou a máscara e tentou respirar com muita dificuldade. Como a porta estava fechada antes de ele entrar, ainda tinha um pouco de ar puro, o que aliviou momentaneamente os seus pulmões. Tentou se levantar, mas tinha torcido seu tornozelo na queda, e pior, era o tornozelo da perna boa. Com a outra perna manca, não restava nada mais do que se rastejar, e assim ele o fez.
— Mais um pouco... só mais um pouco, Tommy... — Forçava-se enquanto perdia levemente a consciência e lutava para se manter são. — Vaaaamos.... tenho que salvar Maria... tenho... que... salvar... Ellie. — Pôs a mão na jaqueta e retirou o pacote que tinha pegado escondido na sala de pânico.
Um tiro atingiu Tommy pelas costas e ele parou de se mover.
——— Pág 4 ———
— Acho que acertei ele! — disse uma Cascavel para outros dois que estavam descendo as escadas com ela.
— Matou ele?
A capanga chegou perto de Tommy e usou a perna para virá-lo de barriga para cima. Ele estava segurando algo em suas mãos, algo que piscava uma luzinha vermelha.
— Me espera, Joel... — Tommy apertou o botão do explosivo em sua mão.
Eles estavam dentro do compartimento isolado da usina onde ficavam os tonéis inflamáveis. Uma labareda gigantesca de fogo engoliu a usina. Uma explosão estrondosa que pulverizou a usina e boa parte do quarteirão. Algumas casas próximas desmoronaram com o impacto de ar que soprou por toda a cidade de Jackson. O barulho foi ensurdecedor, como se um trovão gigantesco tivesse estourado o meio da cidade.
Naquele momento, Jackson estava dividida em dois. A usina pegava boa parte da passagem para o lado Norte. Era impossível continuar a perseguição até o portão onde os sobreviventes de Jackson fugiam. O fogo queimava parte do caminho enquanto a outra parte virara entulhos e mais entulhos de construções desmoronadas. Apenas um predinho ainda estava parcialmente em pé, parte de sua construção cedera, mas a outra mantinha-se firme, talvez por conta da enorme antena de rádio que contrabalanceava o peso do estabelecimento.
Maria e o restante dos sobreviventes observavam incrédulos o que acabara de acontecer à sua tão querida cidade. As pessoas, famílias, amigos, os lares, salões de festas, escola, tudo... Tudo que Jackson um dia tinha sido acabara diante de seus olhos em um estalar de dedos. E para Maria, não só todo seu projeto e trabalho de vida que foi Jackson, mas também seu amor, Tommy, com o qual ela insistia em ser dura, já não estava mais lá para que pudesse se desculpar. Um vazio enorme obscureceu seu peito e fez com que Maria caísse de joelhos no chão. Era terrível, mas ele tinha conseguido... Tommy havia conseguido fechar a passagem Sul da passagem Norte de Jackson. Eles estavam livres dos Cascavéis.
——— Continua ———
Com pesar termino este capítulo. Tommy, o personagem que merecia uma DLC própria contando sua história e nos deixando jogar com esse homem incrível. Batalhou até o fim e seu sacrifício não será em vão. Semana que vem, voltamos com os capítulos dos personagens principais e finalmente vocês terão a continuação de Ellie.
"press F to pay respect to Tommy"
Não gostei do Tommy ter morrido, foi bem construído todo o contexto, mas sla tava com esperanças que o Tommy sobreviveria, não gostei muito
Nossa , por essa eu não esperava . Tommy foi muito corajoso e um homem incrível , deu sua vida pelo seu povo..... Emocionante .